terça-feira, dezembro 04, 2007

ESPAÇO Z


Quando se sabe que uma sequela de um filme, que até podemos ter gostado muito e achar que não se deva mexer mais na obra, vem a caminho da tela de cinema, sentimos em extremo duas coisas: ou um sorriso delicioso ou (e a mais comum) uma sensação de reprovação precoce.
Os nossos ‘amigos’ americanos preparam-se em grande velocidade, sucesso após sucesso, para fazer sequelas e prequelas, sempre em busca de um igual ou melhor sucesso comercial. Nos dias de hoje a sensação que se tem é que se está a criar uma espécie de franchising no cinema. Faz-se um filme e por algum motivo os autores acham que não ficou tudo esclarecido nos 120 minutos de fita do filme anterior, então resolvem fazer prequelas para explicarem o porquê das coisas; sequelas para ver o depois das coisas, quase como uma imitação às novelas mexicanas.
Confesso que sou fã de Zombies e todo o seu Universo, com isto digo também que gostei muito do 28 Dias Depois realizado por Danny Boyle e escrito por Alex Garland. Na minha opinião fizeram um óptimo trabalho renovando as “inconscientes” regras, de certo modo impostas, das fitas zombie (como por exemplo, em 28 Dias Depois os zombies não se arrastam pelo chão em lamúrias, pelo contrário, correm a uma velocidade vertiginosa e emitem grunhidos raivosos).
Cinco anos depois do seu razoável sucesso comercial, surge a sua sequela. Juan Carlos Fresnadillo (realizador de Intacto) realiza 28 Semanas Depois. O único seguimento como sequela é apenas o facto da narrativa se passar na mesma situação que o seu antecessor, os personagens mudam todos e a sua história também. 28 Semanas Depois não desilude de todo. Juan C. Fresnadillo é muito competente ao seguir as pegadas que Boyle deixou, criando uma espécie de mundo de culto à volta destas duas obras com uma imagem própria (note-se bem a fotografia, e os movimentos nervosos da imagem em comparação a 28 Dias Depois).
O filme capta bem os perigos sociais e políticos dos dias de hoje, metamorfoseando-se com uma boa dose de zombies cuja doença provem de um vírus transmitido por chimpanzés alvos de uma experiência militar sobre a raiva e o ódio no ser humano. Há também bons momentos de suspense, acção e drama na fita, sem cair num melodrama forçado. O único problema de 28 Semanas Depois consiste no facto do espectador não conseguir ao longo do filme criar empatia pelos personagens que são extremamente mal desenvolvidos. A história mesmo sendo algo fraca consegue manter a pessoa entretida. Há más, péssimas sequelas mas certamente esta não vai ser uma delas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Rogerio sou um sócio seu e gostaria de saber se tem o filme, 28 Dias Depois.

Anónimo disse...

Temos ca o 28 dias depois. Tem e alugado mto ultimamente por causa do 28 semanas depois. Para ter a certeza que o encontra ca, pode reserva-lo.